sábado, 6 de março de 2010

A importância do Livro no Brasil - Século XXI

A importância do livro no Brasil do século XXI


Atualmente o acesso à informação é feito de diversas formas, desde o livro eletrônico ao livro impresso. Não é preciso memorizar um livro com medo de que ele suma do mercado. Professores dão aulas com o apoio de livro e bombeiros apagam incêndios.
Mas os bombeiros incendeiam e os professores não têm livros em “Farenheit 451”, livro de Ray Bradbury, escrito na década de 50 e virou filme pelo cineasta François Truffaut na década de 60.

Nas sociedades utópicas dos livros e filmes a sonhada reforma social é realidade. A perfeição é conseguida com a eliminação dos excessos e da propriedade privada. Em “Farenheit 451” o excesso é o livro. Qualquer leitura é proibida e as pessoas vêem televisão com programação controlada.

Quando o controle dessa sociedade ideal é corruptível e a tecnologia que controla as normas criadas para o bem comum é opressiva, temos uma distopia. O bombeiro que queimava livros um dia leu um livro por curiosidade e sua vida mudou. Nada é a mesma coisa quando se conhece.

Em uma sociedade onde os livros são queimados, o conhecimento sobrevive quando há homens que guardam e transmitem o conhecimento. Em “Farenheit 451”, os homens-livro se dedicam a guardar na mente seu livro predileto. Eles se apresentam com o nome e o autor do livro decorado. O conhecimento que os homens carregam é um bem precioso, por isso, sua tarefa era perpetuar a memória dos livros passando o que sabia para os mais jovens.

Uma frase atribuída ao político romano Caio Graco diz "Livros não mudam o mundo, quem muda o mundo são as pessoas. Os livros só mudam as pessoas". Em todas as épocas, as sociedades reais ou utópicas temem os livros pela mudança que muitas leituras podem provocar nas pessoas. E são as pessoas que modificam o mundo com seus atos bons e maus. Na mitologia, Prometeu roubou o fogo do conhecimento dos deuses. Na Bíblia, Adão e Eva comeram o fruto da árvore do conhecimento. Fomos todos punidos por esses atos “simbólicos”. O conhecimento é perigoso para a ordem do mundo porque ele pode transformar quem somos e nós transformamos tudo ao nosso redor.

Na Idade Média, o Santo Ofício da Inquisição queimou livros, além de seres humanos, e criou um Índice de livros proibidos. Hoje a Igreja não proíbe abertamente livros polêmicos para sua doutrina, como “O Código da Vinci” de Dan Brown, mas aconselha aos fiéis na verdade sobre Jesus Cristo.

Perdemos livros na destruição da biblioteca de Alexandria e em saques e incêndios durante vários séculos de existência do livro. Não existem mais os livros secretos que podiam contar sobre civilizações desaparecidas e temas como alquimia, magia, ciência e extraterrestres.

Livros sempre foram considerados perigosos, mas muitos sobreviveram depois das guerras, ditaduras e fogueiras. Pessoas foram perseguidas e mortas, bibliotecas foram saqueadas, mas as memórias dos livros e das histórias que os homens viveram sobrevivem de uma forma ou de outra, impressas, manuscritas, em bytes ou na memória daqueles que lembram.

Dos tijolos de barro aos dígitos eletrônicos, o livro tem muita história para contar. Nem sempre as escritas foram em papel, ou tivemos computador para armazenar informações. Os povos antigos usavam materiais disponíveis, como vegetais, animais e minerais. O papel substituiu o pergaminho, os bytes substituíram os manuscritos, as telas substituíram o papel. Os meios audiovisuais são muitos. Os

O escritor brasileiro Monteiro Lobato falou sobre a importância do conhecimento produzido pelo homem, armazenado nos livros, quando disse que “um país se faz com homens e livros”. Claro que não são os livros que constroem uma nação, mas os pensamentos, as idéias e vontades dos homens que lêem o mundo, lembremos a citação de Caio Graco.

No Brasil importa mais vender livros e não formar leitores. Programas de leitura distribuem livros para ganhar espaço na mídia. Nesse contexto, é mais urgente que tenhamos não os livros, mas a depreensão dos seus conteúdos. Em um período em que a exclusão digital pode deixar de lado quem não exercer a prática da leitura e escrita, é indispensável atribuir a devida importância ao livro.

Aqueles homens-livro esperam que um dia os livros sejam impressos e que cada um seja chamado para recitar o que aprendeu. O que você tem aprendido? Que livros você tem incorporado? Qual o seu nome? Prazer, meu nome é “Cem anos de solidão”, de Gabriel García Márquez.
Solange Firmino

Atualmente o acesso à informação é feito de diversas formas, desde o livro eletrônico ao livro impresso. Existe uma grande diferença entre leitura e visualização. Quem efetivamente Lê mergulha com o autor dos sonhos e o outro que somente vê um conjunto de letras na internet,... faz de conta não dá a devida atenção e não permite a aprendizagem, terá apenas uma memória temporária. Ah, ouvi falar sobre..., mas não terá argumentos para comentar, explicar o assunto.
Estamos numa época em que a comunicação é rápida. Usamos internet, e-mails, todos os tipos de aparelhos de comunicação, escrevemos de uma maneira simplificada. Tudo fazemos para facilitar a comunicação.
Será que neste universo de rapidez ainda temos lugar para os livros? Será que ainda precisamos das prateleiras das bibliotecas ou dos livros de cabeceira?

Precisamos, sim, os livros, impressos, jamais desaparecerão, poderão sim se tornar mais acessíveis devido a internet, poderão ser mais populares, chegar até o público mais carente se houver mais incentivo para a cultura, subsidiando o que vejo que já vem acontecendo, pois estão cada vez mais baratos. Os livros serão nossos companheiros de sempre. Mesmo que, graças a Deus, tenhamos tantas facilidades hoje, os livros não desaparecerão. vemos muitos títulos interessantes, oportunos e muito felizes em matéria de crescimento pessoal, formação acadêmica, doutrinal e tantos outros gêneros.
Os livros tem um grande poder sobre nós. Eles vão formando a nossa conduta, a nossa cultura, os nossos costumes.
E também vemos um interesse pela leitura. durante viagem de ônibus, praças, um bom número de pessoas lendo... Há um interesse pelo aproveitamento do tempo e pela leitura. Coisas que se aprende já desde criança, mais pais incentivando... ou que também se pode adquirir na vida adulta.
Todos os que tem responsabilidade de formação como pais, mestres, religiosos, etc deveriam se interessar muito mais na leitura pessoal de bons livros e na boa leitura para seus dependentes. Criar o hábito de presentear com um bom livro.
Para cumprirmos com nosso papel de educadores, fazermos com que o livro cumpra bem a sua missão de formar todos deveríamos difundir a idéia de que as pessoas de bom critério e que têm o dom da escrita pudessem ajudar os leitores a conhecer os mais variados assuntos úteis a nossa formação e vivência.
Aproveitemos esta oportunidade para refletir sobre o tipo de relacionamento que temos com os livros. São decoração na nossa casa e nada mais? São meios de aprofundarmos nossa cultura? O que significam para nós?

Com a chegada da internet os livros de papel perderam a novidade, mas não a importância.

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